terça-feira, 27 de abril de 2010

Alegria de mãe


Não existe satisfação maior para uma mãe que ver o filho raspar o prato. Diz aí que eu não estou mentindo. Já reparou que não importa a idade do filho, a mãe diz que ele está magro, precisa comer melhor, blá, blá, blá. Pois é, eu sou esse tipo de mãe que fica mortificada quando os filhos não comem. Mesmo sabendo que não irão morrer de fome, criança come quando tem fome, se eles percebem sua aflição aí que não comem nada. Tirando a racionalidade, sinto que meu lado atávico de mãe das cavernas nessa hora fala mais alto, ou melhor, grita. Porém, depois de tentar várias alternativas e me descabelar, resolvi assumir o controle da situação e seguir os modernos manuais de puericultura que pregam a calma, respirar fundo 10 vezes (dá tontura) e não ligar se o rebento recusar a refeição esmeradamente preparada. Aliada a essa estratégia comecei a fazer obra de arte no prato como o extraterrestre da foto e outras variações de acordo com a empolgação do momento. Tudo para deixar o prato apetitoso aos olhos. Não é que tem dado certo, na maioria das vezes. Hoje cheguei do trabalho abri a geladeira e peguei o que havia sobrado do almoço: arroz integral e legumes salteados no azeite com sálvia. Lógico que eles no alto de seus 2 e 4 anos não comem o legume leve e solto no prato, mas eu fiz um risoto rápido e apetitoso com os legumes camuflados, salame picadinho, molho de tomate (só para dar um gostinho) e requeijão. Servi o risoto com queijo coalho grelhado e os legumes maiores para enfeitar, pois como podemos ver na foto abaixo eles ficaram de escanteio, no problem eles já haviam comido todos os legumes escondidos no risoto. Quando olhei o prato quase limpo percebi que nesses apenas 4 anos de maternidade aprendo diariamente a ter jogo de cintura e principalmente a respeitar a opinião dos meus pequenos homens, que embora crianças sabem muito bem o que querem!